sábado, 6 de setembro de 2008

☼ Do nada para lugar nenhum

Lembro de quanto tudo era doce
Lembro de quando tudo era vivo
Dentro de dois a força de ser só um
Hoje te vejo assim espantada
Como perdida em uma ilha e essa estrada
Que vai do nada pra lugar nenhum

Lembro da gente sempre bem perto
Por um caminho curto e direto
Atravessando os mares sem medo algum

Hoje te vejo em destino incerto
No meio desse imenso deserto
Que vai do nada pra lugar nenhum

O que será que existe dentro de nós dois
Além daquela vontade
Descobrir a verdade antes de tudo

O que haverá no muro d´entre nós dois
Além daquele espaço estranho
Escuro e mudo

Não há tristeza mais dolorida
Do que ter tido tudo na vida
E de repente perceber que é comum

Ser mais uma pessoa enganada
Ver o rumo confuso da estrada
Que vai do nada pra lugar nenhum

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